sábado, setembro 09, 2006

Crónicas Crónicas IV (inflamado pela moca, após algum tempo sem coragem para aparecer)

Pobres de espírito que assimilam
distorcidas formas de arte.
Enganosas fardas festivas acompanhadas
de corpos antecipadamente tecidos,
fardo carregado em anos que se arrastam

devido ao intenso fulgor em parecer.
Campas que se movimentam...
Se soubessem o que verdadeiramente parecem,
rejubilavam e morreriam um dia descansados.
Ninguém morre descansado! Continuem iludidos.
Sei lá se morrem?!...
Descansados?!...
Quem?
Eu?!...
Foda-se para mim. Quero procriar.
É a única angústia por saber que posso morrer.
Podia imprimir outro domínio àquilo que sei que vou ter.

Ter de morrer.
Ter o quê?!!!....
Não se tem.
A morte aparece e quem me ouvir tão repetidamente
descrever o tema dirá que sou um puto,
um bimbo, ridículo, um frustrado intelectual empírico
que inflama a pouca sabedoria em pomposas frases
não sabendo o que diz.
Tretas para quem não gosta de mim.
Tretas para mim.

Cova