Crónicas crónicas I
«Ao passar com a língua pelos dentes,
reparo na quebra de um deles.
Da próxima vez que te morder,
sentirás a diferença.
Sabes, conforta-me saber
que acompanharás
esta crescente falta de cálcio
e que possas tirar algum partido
da minha infelicidade.
É bom ter com que lutar a monotonia.
Assim, de cada vez que um dente se partir
serei recompensado pela imprevisibilidade
que tanto te caracteriza.
Só tenho medo de matar-te
quando não restarem mais dentes.»
Cova
reparo na quebra de um deles.
Da próxima vez que te morder,
sentirás a diferença.
Sabes, conforta-me saber
que acompanharás
esta crescente falta de cálcio
e que possas tirar algum partido
da minha infelicidade.
É bom ter com que lutar a monotonia.
Assim, de cada vez que um dente se partir
serei recompensado pela imprevisibilidade
que tanto te caracteriza.
Só tenho medo de matar-te
quando não restarem mais dentes.»
Cova
5 Comments:
Não digo que inspiram a minha vida ali como o sabre do "blogue", mas que também anseio pelo novo album isso é verdade!
Gostei muito deste pedaço de novidade, Cova. Poesia acutilante, como sempre! :)
Abraços,
Eloísa Valdes
mais dente menos dente e aí está o senhor Cova em todo o seu esplendor! ora bem! ja tinhamos saudades das suas palavras inquietantes e desconcertantes. bem haja
frankie
Crónicas crónicas inconfundiveis inconfundiveis as desse senhor de seu nome Cova; uma verdadeira gaveta cheia de segredos inquietantes e um séquito de personagens tão verdadeiras quanto utópicas. Aguardo com especativa o concerto no dia 9na Martingança.
Cova, seu sex symbol, bebe menos!
Ahahahah.
Excelente!
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